Como eles querem que a sociedade trabalhe em equipe, não seja mesquinha e individualista se educamos as crianças para tal. Reflita sem hipocrisia! O individualismo é um comportamento onde, o indivíduo, não consegue confiar no próximo, tem vergonha do próximo e medo de perder na comparação com o próximo.
Desde cedo somos ensinados a dar nossas coisas para o coleguinha que nos visita - achamos que ele vai aprender a compartilhar - e não observamos que a maioria das crianças ficam chateadas e ainda ficamos olhando o coleguinha brincar e deixamos a criança com algo que ele não quer, inclusive sem atenção (ele reforça, em geral, uma aversão ao próximo). Quando queremos ensinar a criança a como ajudar e se comportar forçamos ela a fazer as coisas dizendo ser o certo - arrumar brinquedos, ajudar em casa etc e, quando ela está tentando, dizemos que ela não sabe fazer bem feito e tomamos o lugar dela, assumindo a tarefa (cadê o trabalho coletivo e o confiar no próximo). Daí ela reforça o comportamento de que, se quiser que saia bem feito, faça você mesmo. Quando as crianças estão na escola, reforçamos uma pseudomoralidade com espaços reservados nos banheirinhos, portinhas e isolamento, damos um quartinho para a criança, seu cantinho, não deixamos elas serem crianças - supervisionadas é claro - brincando juntas e resolvendo seus problemas, brigamos por lugares melhores no cinema, na fila, no carro, escolhemos produtos para elas e para os adultos, o do papai, o da mamãe, e ainda temos coragem de dizer que ela deve se socializar. Isso é babaquice de falso pedagogo.
As crianças têm de compartilhar o banheiro sem a necessidade de se esconder para que não se desenvolva a vergonha de seu próprio corpo.
Nunca vi índio ter necessidade de aulas de sexualidade e de aprender a se conhecer, eles crescem se conhecendo, sem pudor ou falsa moralidade.
Moralidade é se organizar uma sociedade justa onde a criança possa se ver respeitada em toda a sua plenitude. O resto é sem-vergonhice de que finge entender de educação dizendo ter larga experiência e que, na verdade, só repete os mesmos erros e se mostra cega pela sua própria ignorância.
Flávio França
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