Meus ombros pesam, é grande a carga
Se sonhos me levam a verdade idiocrática
De uma vida ordenada pelo discurso poético
De pessoas hipócritas, semblante babaca.
Frases de efeito, moral insensata
Decoradas de grandes, pensamentos e magnatas
Do saber dos outros, se usa a mamória
Não desdobram minha mente com facas.
De fio cortante, são pessoas bonitas
De esforços por fazer o que em casa não têm
Uma vida feliz, sabedoria e coisa e tal
Falam bonito, mas é só ver o quintal.
Sujo, em lama, escarceado e fétido
Quintal cardíaco, hipocondráco de nascença
Diz tudo o que é belo e que deve-se ser
Mas não deixa de ser sem alma e presença.
É forte a mente de quem se sujeita
É forte a ponto de se sujeitar
Fala-se em domínio da classe 'dominante'
Não se fala o por quê, dominar e não amar.
Todos fazem discurso hipócrita
distinto das ações que são a verdade
Critica-se quem domina a mente
Mas continua-se a mente a dominar.
E quem diz que é contra, é crítico
Mas critico sua criticidade
Deixe o discurso de lado
Faça calos em labuta diária
Sabendo que se quer formar uma crítica
Na mente do despreparado
Mas anda de carro e bonito
A pé não sai do lugar
Deixe de lado o inchaço
Faça do limo o teu lar.
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