Estamos vendo, a cada dia, mais uma "academia do idoso" sendo implantada pelas pracinhas. É muito bom ver que nossos governantes já penssam na prevenção como elemento de saúde populacional, mas, infelizmente tenho algumas preocupações.
A "academia do idoso" são equelas parafernalhas para se sentar e levantar, rodar com o braço, simular o andar, simular escadas, cavalinho etc.
Primeiramente não consigo localizar um acervo de pesquisas bem conduzidas que mostrem os benefícios deste tipo de academia. São apresentados resultados que são semelhantes aos resultados obtidos com uma simples caminhada e alguns alongamentos o que não justifica um investimento maior. Neste aspecto seria mais barato para os cofres públicos um programa de exercícios conduzidos por um profissional de Educação Física onde viabiliza-se atividades nos diversos aspectos da motricidade.
Segundo que a maior necessidade do idoso é a melhoria da sua força e mobilidade articular e, neste sentido as atividades devem propiciar uma carga de trabalho de no mínimo 50% da capacidade máxima do indivíduo e ali não se chega nem perto disso.
Atividades mais leves são interessantes na melhoria da coordenação, equilíbrio, resistência, mas as pesquisas indicam que a melhoria da força muscular reduz efetivamente o risco de queda que é um elemento preocupante.
Em terceiro lugar temos o aspecto de delegar o exercício físico direcionado ao idoso a pessoas incapazes, curiosos, ou mesmo sem ninguém acompanhando. Faz-se necessário a presença de profissionais que prescrevam, acompanhem e sejam capacitadas e equipadas com o necessário para a prestação de socorro.
Tratar com terceira idade é tratar com um grupo de indivíduos que merecem respeito e nunca serem alvo de politicagens.
É preciso pesquisa séria, que reflita ganhos específicos com aqueles equipamentos, é imprescindível uma carga de trabalho que promova o desenvolvimento físico real e a garantia da ação de profissionais capacitados e de estrutura adequada que garanta o socorro imediato caso seja necessário.
Em outro momento tentarei discutir os exercícios para este público que é realmente especial, mas não pelos problemas, mas pelo carinho especial que eles têm por quem os respeita.
Por Flávio França
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