Vejo diariamente comentários sobre o modelo de estética do(a) "marombeiro(a)". Vamos primeiramente conceituar o que seja um marombeiro.
1-Ir pra academia com roupinhas da moda, arrumadinho e cheiroso não é o perfil, também não é o averso, mas ir pra academia é pra treinar.
2-Olhar-se no espelho pra ver o penteado ou como ficou a combinação, ou se os musclinhos estão marcando também não o é, muito menos se o exercício está com boa postura. O espelho é um instrumento de trabalho para se analisar a simetria e fornecer incentivo visual para mais uma repetição. Corrigir postura é pra quem não sabe treinar pois a postura já está condicionada.
3-Tomar shake de whey no pós-treino não é de marombeiro, pois ele sabe que os carboidratos vêm primeiro.
4-Achar que quando chegar num determinado nível "está bom" e vai só manter - isso é realmente 'idéia de frango'. Marombeiro procura sempre melhorar sem desculpas como o tempo, o estresse ou a idade.
5-Usar máquinas de pino e se deliciar com equipamentos eletrônicos/pneumáticos pois facilitam a vida e não precisa carregar peso nunca que corresponderia ao pensamento do marombeiro. O desenvolvimento vem com o esforço e ele sabe disso.
6-Usar luvas não é pra evitar calos, mas evitar que a pele se rasgue com a carga alta.
7-Passear com o cinto na academia, em todos os exercícios é um absurdo pois, cinto é pra treinar duro e treino duro não lhe permite ficar 'passeando'.
8-Comer uma frutinha ou barrinha de cereal... ridículo, frango, atum, arroz, batata, aveia é que fazem parte do lanche.
9-Achar que 'fulano' está muito grande é um dos primeiros sintomas que você não é marombeiro.
10-Achar ridículo que alguém ache bonito o que você acha feio é um indício de sua intolerância e marombeiro só não tolera quem rouba seu tempo com perguntas de quem não quer percorrer o árduo caminho por ele percorrido.
11-Ver uma mulher treinando duro e criticá-la dizendo que lhe tira a feminilidade é um forte indicador do seu medo de perder na comparação. Marombeiro sabe que a feminilidade de uma mulher está além do que ela faz no treinamento.
12-Quem malha é palhaço. Marombeiro treina.
13-Por último, não aceitar ser chamado de marombeiro.
Classificado o marombeiro vamos ver seu conceito de estética... aliás, vamos ver o da maioria.
1-Estética´boa' é o que é socialmente aceito.
2-Belo é o que 'agrada aos olhos'.
3-Bonito é ser normal.
Curiosamente, ninguém se destacou na sociedade humana por sua normalidade. Todos os que são lembrados o são por terem se destacado.
O que agrada aos olhos depende do que os olhos estão acostumados a ver.
O que é socialmente aceito perpassa pela aceitação da fome e das guerras, da miserabilidade da maior parte do mundo enquanto você se prende a críticas por diferenças de opnião. A sociedade aceita a miséria a partir do momento que não colabora para a redução das diferenças sociais.
Sem muito devaneio, muitos gênios foram considerados apenas após a sua morte e reconhecidos por chocarem a 'ordem social' e pelas suas 'inovações'.
Da próxima vez que chamar alguém de marombeiro reflita pois provavelmente você não o esteja perjorando e quando for pra sua academia 'malhar'. Guarde os pesinhos que usar, deixe de ficar de bate-papo, de encher o saco da recepcionista, de ficar entre quem treina e o espelho, de xeretar o treino dos outros, pare de pedir descontos e de contar os detalhes alcoolicos de suas noitadas, quando pedir um 'toque' não queira que o cara 'levante pra você' e deixe de ciscar no supino, isso é ricículo, diminua o peso.
Maromba é um estilo de vida assim como os corredores, ginastas, lutadores, yogues, dançarinos e tantos outros. Se você não compreende, não critique.
Este Blog é de nossa autoria e refletem o nosso pensamento. Não está preso a rigores linguísticos pois o que caracteriza-o é a livre escrita, sem revisão. Formação: Educador Físico graduado pela UFRN, Especialista em Fisiologia do Exercício pela Escola Paulista de Medicina, Especialista em Educação, Desenvolvimento e Políticas Educacionais pela FIP, especialista em Saúde Coletiva pela UFRN. Professor do IFRN
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
A fortaleza do espírito não está numa prece, num símbolo ou mesmo num nome, mas nas ações do indivíduo. Ser não é mera existência cognitiva, é estar,é fazer, e, em se agir, refletir quem o é na sua forma mais profunda.
Não se deve confundir a fortaleza de espírito com honestidade perante as leis humanas. Elas são efêmeras, refleem apenas um paradigma dominante, mas as leis autógenas, geridas do ventre da verdade própria e boas.
Não se concebe fazer o mal a si, pois, em assim o fazer não ocorrerá em prazer. Prazer não é mero gozo de sensações, está além disso. O prazer carneo é necessário assim como o é o prazer do espírito, mas o verdadeiro prazer vem da livre escolha, sem medos de punição por desviarem-se de ditames ideocráticos, livre escolha sem restringir-se ao 'livre arbítrio' onde se pode tudo e não se pode nada.
Liberdade de ser e existir, ser em potência e existir em essência. O corpo é livre apenas se o espírito também o for. Quando regras morais ditadas configuram o que é o certo ou errado sem antes passar pela razão e o desejo, sem refletir o que nos é bom e prazeiroso, elas não nos servem.
Fazer o bem para si reflete em ser bom para os demais, é uma questão de reciprocidade, então liberdade é ter a capacidade de fazer o que é bom em essência e nunca em se fazer o que se quer sem racionalidade.
O corpo é 'nós' em essência, é o arquétipo do espírito. Não é um clausura para a alma, mas ela mesma em questão.
Enquanto supervalorizares teus aspectos cognitivos, técnicos e teóricos em detrimento de si mesmo estarás fugindo da essência, de você em prol de ditames mercadológicos ou de concepções exteriores do que é importante. Você é o que importa.
Não estamos juntos no mesmo barco - isso é historinha pra forçar seu pensamento coletivo - estamos sim vivendo nossas vidas junto de outras vidas. Se você satisfizer os desejos do próximo estarás trazendo insatisfação para si ou tendo prazer por apenas cumprir o que foi dito como certo.
Satisfazer ao próximo é apenas decorrência da sua satisfação. Se não entenderes serás eterno prisioneiro de mitos, tabus e hipnoses coletivas.
Por Flávio França
Não se deve confundir a fortaleza de espírito com honestidade perante as leis humanas. Elas são efêmeras, refleem apenas um paradigma dominante, mas as leis autógenas, geridas do ventre da verdade própria e boas.
Não se concebe fazer o mal a si, pois, em assim o fazer não ocorrerá em prazer. Prazer não é mero gozo de sensações, está além disso. O prazer carneo é necessário assim como o é o prazer do espírito, mas o verdadeiro prazer vem da livre escolha, sem medos de punição por desviarem-se de ditames ideocráticos, livre escolha sem restringir-se ao 'livre arbítrio' onde se pode tudo e não se pode nada.
Liberdade de ser e existir, ser em potência e existir em essência. O corpo é livre apenas se o espírito também o for. Quando regras morais ditadas configuram o que é o certo ou errado sem antes passar pela razão e o desejo, sem refletir o que nos é bom e prazeiroso, elas não nos servem.
Fazer o bem para si reflete em ser bom para os demais, é uma questão de reciprocidade, então liberdade é ter a capacidade de fazer o que é bom em essência e nunca em se fazer o que se quer sem racionalidade.
O corpo é 'nós' em essência, é o arquétipo do espírito. Não é um clausura para a alma, mas ela mesma em questão.
Enquanto supervalorizares teus aspectos cognitivos, técnicos e teóricos em detrimento de si mesmo estarás fugindo da essência, de você em prol de ditames mercadológicos ou de concepções exteriores do que é importante. Você é o que importa.
Não estamos juntos no mesmo barco - isso é historinha pra forçar seu pensamento coletivo - estamos sim vivendo nossas vidas junto de outras vidas. Se você satisfizer os desejos do próximo estarás trazendo insatisfação para si ou tendo prazer por apenas cumprir o que foi dito como certo.
Satisfazer ao próximo é apenas decorrência da sua satisfação. Se não entenderes serás eterno prisioneiro de mitos, tabus e hipnoses coletivas.
Por Flávio França
Assinar:
Comentários (Atom)
