sábado, 25 de junho de 2011

Marombas e alta tecnologia nas academias.

Acho que é válido pensar em como escolher uma academia para treinar e conselhos nunca são demais. Primeiramente defina o que você quer, se é "malhar" ou treinar. Nunca vi um atleta dizer... "vou malhar".
Uma mentalidade de fracassado está por trás do malhar - é modismo, ficar bonitinho, olhar pras meninas e meninos, botar o papo em dia etc - enquanto que treinar tem uma representação mental de sacrifício para conquistar algo maior, de sofrimento e coragem, de reconhecer a necessidade de melhoria.
Sempre me deparo com a primeira pergunta dos propensos clientes de academia - e o maquinário, é bom?
Se você quer malhar, pode escolher qualquer academia, qualquer maquinário, você nunca vai almejar cargas de treinamento superiores e poderá se deleitar em mostrar sua roupa nova, mas, se não você precisa avaliar melhor o que lhe é disponibilizado pela academia em questão.
É curioso como temos linhas na moda para as máquinas, agora é tudo tubular. Máquina é máquina e o que importa é sua mecânica de execução, postura adequada, segurança e solidez.
Veja se as soldas são reforçadas, se os eixos são bem alinhados, se os cabos correm livres e alinhados, se os elementos de ajuste são suficientes para deixá-lo numa postura adequada, se os acochoados são confortáveis e sem rasgos (o risco de infecção é maior), se são limpas e lubrificadas adequadamente e se têm carga suficiente para um treino sério.
Quero falar de vários detalhes, mas vou me deter à mecânica e segurança. Muitas máquinas são feitas no "fundo do quintal" de um curioso muito habilidoso, um artesão que não sabe nada de biomecânica. Este é o principal motivo de termos academias tão baratas - por volta dos 30 a 50 reais. Isso é uma falta de respeito total com a saúde do cliente e ocorre em crime de imperícia, imprudência e negligência (não sabe o que faz, não tem cuidado com o que faz e não tá nem aí pro cliente).
Temos máquinas até bonitinhas iguaizinhas às originais, mas isso não é como DVD pirata que no máximo não trás bônus ou tem imagem ridícula. Você pode estar gerando uma lesão que vai lhe acompanhar pro resto de sua vida.
O preço pode até ser baixo e ter um equipamento bom, mas desconfie inclusive da qualidade do profissional. Ser formado não é tudo e ter treinado muito menos. Conhecimento não se adquire com provas coladas de faculdade nem com experiência errada. O embasamento científico aliado à uma prática consciente devem andar juntos.
Quanto às máquinas, ainda prefiro usar os velhos pesos livres.

Por Flávio França

domingo, 12 de junho de 2011

25 anos de...Cabeça Dinossauro

O texto abaixo é de autoria do disponível em http://quixotesforrosebaioes.blogspot.com/
Compartilho co a idéia do autor.


Faço parte de uma geração cujas principais descobertas adolescentes e juvenis, subjetivas ou coletivas, se deram envolvidas na trilha sonora do rock que emergiu feito uma espinha impetuosa na mídia brasileira, a partir dos anos 1980. Como sempre acontece, haviam aquelas bandas que "tinham uma mensagem" ou uma "atitude" e aquelas que apenas surfavam na "onda do rock" que ganhava generosos espaços na mídia.
Por essa época, minha cabeça (que já vinha sendo formatada pelo som dos Beatles) se deixa tomar pela poesia cantada e pelo som "sujo" do Barão Vermelho e pela pegada reggae/ska dos Paralamas do Sucesso (que era uma clara "antropofagia" do som do The Police). Lembro-me que tive uma namoradinha à época cuja paixão pelos Menudos (argh!!!) me colocavam num dilema básico: aceitar os impulsos dos meus hormônios e ignorar essa incompatibilidade ou ser fiel aos meus ouvidos "sujos" com a poesia de Cazuza e Frejat e aceitar aquela incompatibilidade básica...rsrs...
O mercado inventava (ou cedia espaço a) bandas na mesma velocidade com que as enterrava e assim quem ficou, ficou pela força artística que demonstrou. Os Titãs é uma expressão disso.
Mas voltemos a esse albúm que é reconhecidamente uma obra de arte já consagrada.
O disco foi lançado em finais de junho de 1986. O grupo já tinha no currículo  os irregulares "Titãs" (1984) e "Televisão" (1985) e entrava em estúdio para gravar o último disco do contrato com a gravadora WEA. O clima não era bom. Além da necessidade de se produzir um trabalho capaz de solidificar a banda no cenário musical e garantir a renovação do contrato com a gravadora, havia ainda a pressão de dois membros do grupo - Arnaldo Antunes e Tony Bellotto - meses antes, terem sido presos por porte de heroína.
Tudo isso e a clara vontade da banda em querer afirmar uma sonoridade mais pesada (contrariamente à sonoridade "new wave" dos albúns anteriores) fez com que os Titãs lançassem um dos mais importantes albúns da história da música brasileira - e não apenas do gênero rock - no mesmo ano em que os Paralamas do Sucesso alcançavam estrondoso sucesso com "Selvagem?", a Legião Urbana com "Dois", e o RPM com "Rádio Pirata Ao Vivo".
A capa foi baseada em um esboço do pintor italiano Leonardo Da Vinci, intitulado "A expressão de um homem urrando". Outro desenho de Da Vinci, "Cabeça Grotesca", foi para a contracapa do disco.
O disco é uma pancada punk rock, mas mostra entradas dos Titãs na sonoridade reggae ("Família") e no funk ("O Quê?", "Bichos Escrotos" e "Estado Violência"). As letras trazem abordagens ácidas frente às várias instituições pilares de nossa sociedade, expressas a começar pelo título das canções: "Polícia" (de Tony), "Igreja" (de Nando Reis), "Estado Violência" (primeira colaboração do baterista Charles Gavin como compositor dentro da banda). Há também críticas acerca do estado capitalista ("Homem primata") e os tributos abusivos pagos pela população ("Dívidas").
 A banda conseguiu, ainda, gravar "Bichos Escrotos", canção que tocavam desde 1982 e que só pôde ser gravada nesta ocasião. Mesmo assim, a censura vetou a faixa nas rádios por conta do verso "vão se foder!", o que não desencorajou algumas rádios a tocarem uma versão com a tal frase vetada, às vezes até a própria versão original, o que acarretava um pagamento de multa. Das 13 faixas do álbum, 11 foram executadas em rádios - como únicas exceções as faixas "A Face do Destruidor" e "Dívidas".
No mais, o disco definiu a sonoridade que se consolidou no disco seguinte (que para mim é ainda melhor do que este), "Jesus não tem dentes no país dos banguelas". Mas isso é tema de uma outra postagem.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Avaliação na Educação.

É difícil expressar uma temática com breves palavras, mas sigo a idéia de que uma boa teoria deve refletir os fatos a que se pretende explicar sem distorcê-los pois, muitas pessoas criam fatos para explicarem suas próprias teorias.
A educação é assim, com discursos baseados em fatos tirados das mentes brilhantes sem passar por um processo criterioso de experimentação.
A pedagogia já deixou, a muito tempo, de ser uma arte e hoje temos nela uma ciência empírica e, até mesmo, experimental - apesar das discordâncias. Não cabe mais debates gloriosos sobre como eu acho, ou você acha que tem que ser e o processo de avaliação escolar deve ser o que gera mais debates.
Sendo humilde o suficiênte para reconhecer minha pouca experiência e conhecimento do fato, vejo que a avaliação é um processo de se observar o desenvolvimento de uma aprendizagem dando subsídios para que se altere os métodos de ensino adequando-os às novas necessidades.
Não cabe mais pensar que é uma forma de medir o conhecimento do aluno, mas de agitar as células pensantes do professor para como fazer o aluno aprender.
Estamos bloqueados pelos nossos conceitos formados a 10, 20, 40 anos atrás e achamos que o mundo não mudou e que a mente humana é um bólido finito em seu desenvolvimento. Que o pensamento é inerente à espécie humana e igual para todos, esquecendo das diferenças genéticas, ambientais e culturais.
Temos uma crença alimentada por "contos de fada" de que só a dor ensina, de que encurralando o aluno forçaremos a ele aprender e desprezamos o simples fato de que, assim, o ensinamos a ser iguais a quem encurrala.
Se ensino a uma criança, que ela deve respeitar os mais velhos e, para isso, dou-lhe um carão, fica evidente que estou ensinando que se não conseguir o que quer, deve usar de qualquer meio que ache ser certo pois o que importa é o que você acha que é certo gerando uma consciência egoista.
O sucesso ensina mais que o fracaço ou a dor. Momentos felizes marcam tanto quanto momentos dolorosos, mas alimentamos uma cultura de que dizendo a nossa dor podemos mudar o pensamento do outro. Colocamos nossas más experiências como pretexto para dizer que somos o que somos devido a elas. Curiosamente, nossa cruz sempre é mais pesada do que a do próximo.
Se nos desprendermos da idéia de punição por não ter estudado, podemos refletir sobre o por quê de não ter aprendido. Nunca vi ninguém fazer com prazer o que não entende ou o que é coagido a fazer e estudar não é bom para o jovem  que não se sente desafiado com problemas que possam ser resolvidos dependendo de suas possibilidades reais (veja a teoria da zona de desenvolvimento proximal de Vigotski).
Surge um debate entre os professores de que as teorias pedagógicas não funcionam na prática. Talvez o problema esteja no fato de que uma teoria deve explicar uma determinada realidade e ela é limitada, pois tende a generalizar diversas situações e cabe ao professor pesquisar o seu ambiente com suas peculiaridades.
O problema maior recorre sobre o que o professor pensa de avaliação. Medição de conhecimento ou elemento provisório de estado do saber.
Discursos sobre o fato de que devemos cobrar rendimento e mostrar as notas não preparam para a competitiva vida real, mas sim saber e nunca vi uma provinha mostrar o que o aluno sabe. Treinar para um concurso não é estar preparado para trabalhar sobre tensão, mas dominar um conhecimento e não ter a tensão.
Fica evidente os exemplos com os esportes onde os professores usam a imagem do atleta sobre pressão e seu rendimento controlado, mas na verdade, um atleta bem preparado não está sobre pressão pois domina o que lhe é necessário.
Concordo sim que a nova geração está sendo alimentada com muitas frivulidades e os aspectos afetivos estão sendo banalizados. Está faltando mais disciplina e responsabilidade. No entanto não se ensina a ser disciplinado e responsável, mas se permite que o jovem sofra as consequências de seus atos e de suas omições e não podemos permitir que surja uma geração de deprimidos e incapazes.
O fato é que não é a prova é que deve ser o motivo para se estudar, mas a curiosidade, a criatividade. Não conheço nenhum dito 'gênio' que seja lembrado por saber o que tem nos livros, mas que tenha sido curioso, inventivo e gerador de novos pensamentos.
Se você acha que seu filho tem que tirar nota boa para ganhar na disputa com outro pai, tenha certeza de que ele pode ser o primeiro da turma em frustração e o campeão do individualismo.
Se você professor acha que seu aluno melhorou na disciplina pois sua nota melhorou, reflita se ele não ficou apenas perito em responder o que você quer como uma criancinha que repete o que as pessoas dizes e é julgado como inteligênte - acho que não passa de um gravadorzinho.

Flávio França

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Eye of the Tiger

Eye Of The Tiger Survivor
Risin' up, back on the street
Did my time, took my chances
Went the distance now I'm back on my feet
Just a man and his will to survive
So many times it happens too fast
You change your passion for glory
Don't lose your grip on the dreams of the past
You must fight just to keep them alive

It's the eye of the tiger
It's the thrill of the fight
Rising up to the challenge of our rival
And the last known survivor
Stalks his prey in the night
And he's watching us all
With the eye of the tiger

Face to face, out in the heat
Hangin' tough, stayin' hungry
They stack the odds still we take to the street
For the kill, with the skill to survive

It's the eye of the tiger
It's the thrill of the fight
Rising up to the challenge of our rival
And the last known survivor
Stalks his pray in the night
And he's watching us all
With the eye of the tiger

Risin' up, straight to the top
Had the guts, got the glory
Went the distance, now I'm not gonna stop
Just a man and his will to survive

It's the eye of the tiger
It's the thrill of the fight
Rising up to the challenge of our rival
And the last known survivor
Stalks his pray in the night
And he's watching us all
With the eye of the tiger

The eye of the tiger
The eye of the tiger
The eye of the tiger
The eye of the tiger

Olho do Tigre Survivor Revisar tradução
Crescendo, de volta às ruas
Cumpri meu tempo, aproveitei minhas chances
Percorri um longo caminho, agora estou de volta
Só um homem e sua vontade de sobreviver
Muitas vezes, acontece tão rápido
Você troca sua paixão por glória
Não deixe de lado seus sonhos do passado
Você deve lutar para mantê-los vivos

É o olho de tigre
É a emoção da luta
Crescendo ao nível do desafio do nosso rival
E o último sobrevivente conhecido
Persegue sua presa à noite
E olha para todos nós
com o olho de tigre

Cara a cara, no meio da batalha
mantendo-se firme, mantendo-se faminto
Eles criam dificuldades e ainda vamos a luta
Para vencer, com a habilidade de sobreviver

É o olho de tigre
É a emoção da luta
Crescendo ao nível do desafio do nosso rival
E o último sobrevivente conhecido
Persegue sua presa à noite
E olha para todos nós
com o olho de tigre

Crescendo, direto ao topo
tive a coragem, conquistei a glória
Percorri um longo caminho, agora eu não vou parar
Só um homem e sua vontade de sobreviver

É o olho de tigre
É a emoção da luta
Crescendo ao nível do desafio do nosso rival
E o último sobrevivente conhecido
Persegue sua presa à noite
E olha para todos nós
com o olho de tigre

O olho de tigre
O olho de tigre
O olho de tigre
O olho de tigre

http://www.vagalume.com.br/survivor/eye-of-the-tiger-traducao.html#ixzz1O9hkokMb